Hemodiálise diária administrada por uma equipe com alta-qualificação representa uma estratégia sem precedentes na direção de um tratamento dialítico ideal, revela nova pesquisa do Centro Brasiliense de Nefrologia & Diálise (CBN&D).
O estudo, realizado por um grupo de nefrologistas do CBN&D, foi apresentado no Congresso Paulista de Nefrologia (Atibaia-SP, Setembro de 2019) e no Congresso Americano de Nefrologia (Washington-DC, Novembro de 2019).
A clínica brasiliense, convencida dos vários benefícios da hemodiálise diária, a aplica regularmente em todos os seus pacientes. Nesse estudo, os autores descrevem a organização logística dessa experiência e os resultados clínicos obtidos nos últimos 10 anos.
“Uma prescrição ideal de hemodiálise deve levar à completa reabilitação dos pacientes, tal que a qualidade de vida e a sobrevida deles devem se aproximar daquelas observadas na população geral”, disse Dra Juliane Lauar, principal autora do trabalho e Diretora Médica do CBN&D.
O Programa de Hemodiálise Diária do CBN&D vem sendo desenvolvido por uma equipe multiprofissional cuidadosamente selecionada e apresenta uma performance clínica com indicadores reiteradamente superiores àqueles obtidos com a prática convencional de hemodiálise, realizada apenas 3 vezes por semana.
“De fato, ao tratar e cuidar diariamente de nossos pacientes em diálise, conseguimos equiparar suas expectativas de vida àquela da população geral. De 2009 a 2019, sendo a idade média ao início da hemodiálise diária de 58 anos, a média de idade ao óbito foi de 75,8 anos, comparável, pois, à expectativa de vida de toda a população brasileira”, disse Dra. Juliane.
Cada um dos nefrologistas do CBN&D prescreve e assiste cada um dos pacientes em diálise ao longo de cada semana e compartilha sua carga horária em uma escala primorosamente equilibrada. “Isto configura uma cobertura extensiva, recíproca e equitativa, garantindo uma relação médico-paciente mais efetiva e mais afetiva”, concluiu Dra. Juliane.
Ademais, “evoluímos de uma assistência dialítica realizada predominantemente por técnicos de enfermagem, como habitual no Brasil, para uma atividade exercida exclusivamente por enfermeiros especializados. Assim, o CBN&D construiu uma perspectiva diferenciada para enfermeiros de diálise e se distinguiu como provedor de excelência nessa área”, disse Luiza Lins, Gerente de Enfermagem do CBN&D e co-autora do estudo.
Igualmente, esforços combinados de nutricionistas, psicólogas e assistente social do CBN&D provêm uma cultura singular de colaboraçào interprofissional
“Estes resultados impressionantes, e consistentes ao longo dos anos, representam um modelo de otimização sem paralelo no tratamento dialítico”, disse Dr. Istênio Pascoal, co-autor do estudo e Diretor Administrativo do CBN&D. “Ao invés de nos referirmos a “die-alysis”, na versão para a língua inglesa, este modelo de tratamento dialítico poderia ser mais apropriadamente designado “live-alysis”.
O estudo, intitulado “High-Frequency, Distinctive Staffing & Outcomes: Improving the Dialysis Experience” contou ainda com a co-autoria dos Drs. Adolfo Simon, Kélia Xavier e Vilber Bello, médicos nefrologistas do CBN&D.
Repercussão
Após ter sido apresentado com participação de vários congressistas brasileiros e internacionais, o estudo do CBN&D ganhou manchete, como Late-Breaking News, no mais prestigiado site norte-americano de Nefrologia, renalweb.com e foi comentado pela Dra. Anne Kolko, nefrologista de Paris, no site francês nephro.fr.
Dr. Aluizio Carvalho (São Paulo) e Dra. Juliane Lauar (CBN&D)
Dr. Istênio Pascoal (CBN&D) e Dra. Juliane Lauar (CBN&D)
Dra. Juliane Lauar (CBN&D)
Dr. Charles Chazot (Tassin) e Dr. Istênio Pascoal (CBN&D)
André Fernandes (CBN&D), Luiza Lins (CBN&D), Dr. Istênio Pascoal (CBN&D) e Ludimila Alemand (CBN&D)
renalweb.com